segunda-feira, 31 de outubro de 2011

PONTES E TRAVESSIAS

No coração solitário mora um sentimento encastelado e reprimido.
Na alma anônima se esconde a sombra de uma saudade, retida pelas aparas da consciência.
No ar, um leve perfume de lembranças, uma certa nostalgia, um não-sei-quê de esperança.
Entre as diversas formas de não aparentar, não mostrar, não obstruir o caminho, surgem as oportunidades.
Elas elaboram as pontes, fazendo caminhos rotos, difíceis, enrolados em si mesmos.
As pontes saem do castelo e vão para lugar nenhum, pois não tem onde chegar.
Perdeu o rumo dentro da alma, não sabe mais como agir, nem se deve ficar.
E na hora da travessia, de separar o sonho da realidade, apartar pensamentos e atitudes, se queda a pensar...
Melhor assim,
sem correr riscos,
sem tentar,
deixar essa pequena luz de esperança brilhando, fraquinha.
Melhor assim,
Não saber como será recebida depois da ponte torta e da travessia tardia...

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