quinta-feira, 9 de junho de 2011

GELO

Como uma pedra gelada a dor se instala no peito.
É difícil desviar a atenção. impossível não sentí-la.
Incomoda, tudo fica gelado, doí, mais do que a força do pensamento para ela ir embora.
As lágrimas que poderiam fluir e levar embora essa angústia, secam antes de chegar ao canto dos olhos.
Nada fica visível, nada é viável.
Há uma impotência abcissal e nada parece fazer sentido.
Somente esse gelo parece real, é o centro das atenções, o motivo da impaciência.
Esperar derreter.
Esperar a primavera.
Esperar mais o quê?

Só esperar, porque não tem como resolver.

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