Ontem escutei essa sigla e prestei atenção ao jornalista que falava sobre ela.
Geração T de testemunhas.
Porque tudo veem, tudo repassam, mas não sabem o significado de nada.
Não é uma situação atual, ela sempre existiu, independente dos tempos e das transformações que sofrem cada país.
Mas, olhando para o hoje, o que notamos é uma imensa maioria de jovens com seus Iphones, Ipads, e toda a tecnologia de repasse de informações.
Não há preocupação ä repeito de onde veio, o que ela realmente contesta ou afirma, se é confiável.
Sem a leitura de vários textos , sem a necessária reflexão, como transformar simples informação em formação?
Por isso temos testemunhas que só observam o mundo passar e não captam a essência das transformações que estão ocorrendo o tempo todo.
Sem entender, sem contestar, não há como revindicar, ficando todos à mercê de alguns que se dizem formadores de opinião.
E essas poucas pessoas tendem a manipular a maioria, colocando suas idéias como totalitárias e sempre "corretas".
E seguimos, com a tal vida de gado: povo conduzido, povo feliz.
Estive em lugares diversos. Vi muitas pessoas, que como eu, estavam de passagem.
Observei atitudes, muitas vezes com alegria, muitas vezes com tristeza.
No mundo global, voce é somente mais um.
Correntes de pessoas que passam por voce, vão embora e outra leva chega.
São como ondas que podem, ou não, impulsionar para frente, para trás...
Mas há pequenas atitudes que mostram, independente do caminho que voce faz, fazer a diferença.
É um sorriso na hora de comprar um sanduíche, tentando dialogar com uma pessoa que está cansada de repetir a mesma coisa, o dia todo, todos os dias.
É permitir a passagem de alguém apressado, na travessia de um farol.
É pegar uma coisinha que caiu no chão, e que a pessoa não viu.E entregar e ver um agradecimento esboçado.
É jogar aquele pequeno papel dentro da lixeira, mesmo que voce tenha que andar um tanto para encontrar uma lixeira.
É sentar no parque e olhar as árvores acima de voce e entender que as folhas no chão são importantes para a formação de nova vegetação.
É beber água com cuidado, sem jogar fora, sem desperdiçar, por que muitos morrem de sede.
É fechar a torneirinha de asneiras, quando estiver com raiva e pretender descontar em alguém.
É saber consumir, sem excesso, para não haver sobras desnecessárias que irão para o lixo.
É saber partilhar .
E não esperar nada em troca
Voce tem talento para doar-se?
Sabe a necessidade de tirar um pouco de voce para ajudar o outro?
Tem a sabedoria de saber que nunca se perde nessa transação?
Pode deixar seu conforto de lado para amparar alguém?
Por que isso é necessário?
Porque acrescenta, nos diferencia, eleva o espírito, alimenta alma, derrete o gelo do cinismo, nos propicia humildade.
Mesmo entre animais a solidariedade é vista com mais frequencia que entre humanos.
E veja que temos consciencia para saber o que fazemos...
Não é a doação que se mostra aos outros, não é o pagamento de uma mensalidade de orfanato que se deduz do imposto de renda.
É identificar no outro a necessidade e suprí-la, sem alarde, sem amostras, sem público.
Amparando alguém o crescimento será seu.
Pense nisso.
E boas férias.
A consciência nos policia.
Ela dá as diretrizes de nossos passos, indica o caminhar mais adequado.
Mas como ela se forma?
Como é inserida dentro de nós?
A cada situação que passamos, todos os momentos que vivemos, acumulamos experiências que moldam nosso caráter.
Soma-se a isso todo o passado genealógico, as conversas boas ou más entre pais e filhos,o dia a dia de uma família, os valores que são passados, a crença ( ou não) em uma religiosidade, os parâmetros da lei do país onde estamos e vivemos.
O conjunto metamórfico dessas coisas se alinham em nossa cabeça e compõe o cerne da conscientização.
E vamos sempre recorrer a ela ( ou ela nos acorda) quando temos dúvidas de como agir em determinadas situações.
Seguir a consciência é mais do que um dever: é a determinação da força com que fomos moldados, a essência de nossa vida, o verdadeiro eu.
E a sua consciência, como está?
Alinhada com voce, ou esquecida, convenientemente, dentro de algum claustro escuro no fundo da alma?
